Quero dizer a todas as mães, principalmente àquelas que carregam uma vida dentro de si, que sorriam, que riam, que cantem, dancem…porque ele sente, ouve e partilha todos esses momentos dentro do líquido amniótico, mesmo que protegido dos choques…ele não está protegido dos desequilíbrios emocionais da mãe que o carrega dentro de si. O bebé sente quando a mãe está frágil, quando está triste, quando chora. E torna-se triste também. Dentro da barriga os bebés respondem a esta instabilidade, dando pontapés, contorcendo-se. Outros tornam-se apáticos, sem respostas motoras.
Em consulta acompanho mães que trazem os seus filhos, queixam-se que são crianças com dificuldades a nível da atenção e concentração, são igualmente muito agitadas, irritam-se com facilidade e isolam-se com frequência. Estas mães tiveram uma gravidez difícil, muitas delas viveram experiências desagradáveis que as levaram a perder o controle, a excederem-se, a gritarem e a esquecerem-se delas próprias e da vida que carregavam, que precisava já nesta fase, do maior cuidado.
Ser mãe é uma aprendizagem diária. Não existe um caminho marcado.