D., é uma menina de 8 anos. Foi trazida pela mãe à consulta de psicologia, reencaminhada pelo serviço de psiquiatria, devido a uma alteração de comportamento.
D. é filha de pais separados, não reconhecida pelo pai biológico e vive com a mãe, o padrasto e o meio-irmão de 2 anos de idade. A mãe queixou-se sobre o baixo rendimento escolar da filha, as reacções de agressividade por parte desta e também de pequenos furtos em dinheiro. Nos primeiros encontros, D. esteve muito pouco colaborante, pouco faladora e com o olhar muito triste. Olhava sempre para baixo e permanecia muito quieta enquanto sentada.
Hoje, D. conversa animadamente em consulta, vem a correr pelas escadas quando sabe que está atrasada e entra na sala com um grande sorriso. O trabalho com ela permitiu-me perceber o quanto esta criança se sentia rejeitada pelo pai e o quanto isto a afectava, rejeitada pela mãe que se dedicava inteiramente ao bebé e, pelo padrasto, com quem não tinha muita intimidade. A mãe acabou por admitir que não era meiga com ela, que não tinha tempo para se dedicar à filha e que precisava de ajuda pois tinha oscilações de humor frequentes e sentia-se muitas vezes deprimida. Foram feitas varias sessões envolvendo a menina e os pais. Foram feitas alterações nesta estrutura familiar que a tornaram mais funcional, no sentido em que esta menina reencontrou o sorriso e começou a sentir-se importante e desejada.
Um dia pedi-lhe que escrevesse uma carta à mãe…D. pediu-me que não mostrasse a carta à mãe pois tinha muito medo dela. Na carta, D. contou à mãe que achava que ela não gostava dela e que gostava mais do irmãozinho mais novo.
Este apoio deu a esta criança a oportunidade de poder confiar em alguém, de ser ouvida e aceite. Este apoio deu a esta criança um espaço para crescer, diminuir o seu sofrimento, para confiar mais em si própria e poder avançar. Permitiu reparar uma ferida que poderia tornar-se ainda maior um dia e tirar a esta criança a possibilidade de ser melhor.
D. é filha de pais separados, não reconhecida pelo pai biológico e vive com a mãe, o padrasto e o meio-irmão de 2 anos de idade. A mãe queixou-se sobre o baixo rendimento escolar da filha, as reacções de agressividade por parte desta e também de pequenos furtos em dinheiro. Nos primeiros encontros, D. esteve muito pouco colaborante, pouco faladora e com o olhar muito triste. Olhava sempre para baixo e permanecia muito quieta enquanto sentada.
Hoje, D. conversa animadamente em consulta, vem a correr pelas escadas quando sabe que está atrasada e entra na sala com um grande sorriso. O trabalho com ela permitiu-me perceber o quanto esta criança se sentia rejeitada pelo pai e o quanto isto a afectava, rejeitada pela mãe que se dedicava inteiramente ao bebé e, pelo padrasto, com quem não tinha muita intimidade. A mãe acabou por admitir que não era meiga com ela, que não tinha tempo para se dedicar à filha e que precisava de ajuda pois tinha oscilações de humor frequentes e sentia-se muitas vezes deprimida. Foram feitas varias sessões envolvendo a menina e os pais. Foram feitas alterações nesta estrutura familiar que a tornaram mais funcional, no sentido em que esta menina reencontrou o sorriso e começou a sentir-se importante e desejada.
Um dia pedi-lhe que escrevesse uma carta à mãe…D. pediu-me que não mostrasse a carta à mãe pois tinha muito medo dela. Na carta, D. contou à mãe que achava que ela não gostava dela e que gostava mais do irmãozinho mais novo.
Este apoio deu a esta criança a oportunidade de poder confiar em alguém, de ser ouvida e aceite. Este apoio deu a esta criança um espaço para crescer, diminuir o seu sofrimento, para confiar mais em si própria e poder avançar. Permitiu reparar uma ferida que poderia tornar-se ainda maior um dia e tirar a esta criança a possibilidade de ser melhor.
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