Quem não se interroga, nem que seja por um pequeno instante, sobre esta questão? Quantas vezes eu própria no meio de um turbilhão de afazeres, não me interroguei sobre o porquê da rotina a que nos impomos...qual é o sentido de tudo o que fazemos?
Viktor Frankl, psiquiatra, dedicou a sua vida a ajudar os seus pacientes a encontrar um sentido nas suas vidas. Ele propôs três grandes vias pelas quais podemos encontrar esse sentido: primeiro através daquilo que oferecemos ao mundo como criação: trabalho, filhos, actividade artística, etc., depois o que absorvemos do mundo como encontros e experiências de vida e finalmente a forma como respondemos e sobrevivemos às provas por vezes absurdas que a vida nos traz.
Existe um ponto comum a estas três grandes vias: o encontro com o Outro, o facto que estamos invariavelmente ligados aos outros. Como diria Boris Cyrulnik, sem os outros, não existe sentido. Sermos amados, termos alguém para amar nos faz avançar.
O fotógrafo James Nachtwey mostra numa foto verdadeiramente chocante, uma criança órfã a enterrar os dedos na orbita dos seus próprios olhos. Que sentido podemos dar a uma imagem destas? Em etiologia sabe-se que se um ser vivo, humano ou animal se encontrar privado do contacto com os seus pares, pode deixar de se desenvolver; privado de estimulação exterior, ele pode estimular-se a si próprio, como as crianças abandonadas que poderão apresentar comportamentos pseudo-autisticos, auto-centrados; bater repetitivamente com a cabeça contra o chão é uma forma de os trazer por instantes ao mundo real.
(cont).
Viktor Frankl, psiquiatra, dedicou a sua vida a ajudar os seus pacientes a encontrar um sentido nas suas vidas. Ele propôs três grandes vias pelas quais podemos encontrar esse sentido: primeiro através daquilo que oferecemos ao mundo como criação: trabalho, filhos, actividade artística, etc., depois o que absorvemos do mundo como encontros e experiências de vida e finalmente a forma como respondemos e sobrevivemos às provas por vezes absurdas que a vida nos traz.
Existe um ponto comum a estas três grandes vias: o encontro com o Outro, o facto que estamos invariavelmente ligados aos outros. Como diria Boris Cyrulnik, sem os outros, não existe sentido. Sermos amados, termos alguém para amar nos faz avançar.
O fotógrafo James Nachtwey mostra numa foto verdadeiramente chocante, uma criança órfã a enterrar os dedos na orbita dos seus próprios olhos. Que sentido podemos dar a uma imagem destas? Em etiologia sabe-se que se um ser vivo, humano ou animal se encontrar privado do contacto com os seus pares, pode deixar de se desenvolver; privado de estimulação exterior, ele pode estimular-se a si próprio, como as crianças abandonadas que poderão apresentar comportamentos pseudo-autisticos, auto-centrados; bater repetitivamente com a cabeça contra o chão é uma forma de os trazer por instantes ao mundo real.
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3 Comments:
Regressaste! Parabéns!
Parabéns querida amiga Mabel, após tantos anos desencontradas, finalmente te reencontro, no teu ser mais profundo aqui deixas os teus pensamentos... e é óptimo ler estas pequenas passagens.
Gostava de escrever tão bem como tu... mas tenho mais jeito para criar e imaginar estratégias de cominicação visual!
Vou passando por cá.
Beijos grandes
Desculpa-me, não assinei
Katija Nóvoa
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